Jan 22, 2014

Nova Zelândia - Último dia

Olá a todos!
Como ontem dormimos novamente na casa da Sharon e do Laurence, hoje tomamos aquele café da manhã reforçado - com a companhia de um casal alemão muito simpático. E iríamos explorar a cidade. Só que de uma forma um pouco diferente. Nossos hosts pediram para que sua neta fosse nossa guia, e assim tínhamos uma legítima kiwi para nos mostrar a cidade.

Café em família!

Basicamente ficamos no centro, onde o cenário é de uma guerra. Milhares de espaços sem absolutamente nada, onde antes eram grandes prédios comerciais e hoje ou são estacionamento ou canteiros de obra. Mais um bocado de outros prédios grandes totalmente abandonados, pois correm risco de desabamento.
Realmente o terremoto de 2011 causou estragos imensamente maiores do que eu poderia imaginar. As marcas dele estão em todos os lugares: em todos os prédios, todas as ruas, na calçada, nas rachaduras das casas (tem uma aqui nessa casa).

Cadeiras representando aqueles que morreram no terremoto

Impressionante que tenho uma foto de 2004 quando visitei Christchurch - e a igreja ainda estava inteira. E hoje, com a catedral toda em ruínas... (não consegui colocar aqui a foto, mas segue a comparação).



Depois desse tour trágico, fomos para o museu, botanical gardens, e para um festival que estava acontecendo em outro parque alí no centro. Acabamos passeando um pouco e depois fomos todos nós almoçar um sushi. Eu, Mari, Sharron, Laurence e seus dois netos. Fomos logo depois para o shopping (como na Austrália aqui também tem Westfield) e compramos alguns chocolates para levar para casa.

De volta pra casa, não tínhamos muito o que fazer a não ser arrumar as malas lamentando o nosso último dia aqui na Nova Zelândia (e um dos últimos de toda a viagem).

Mais tarde fomos para um restaurante chamado Strawberry Fare, delicioso. E nosso dia foi esse. Mais para descansar de uma longa viagem de carro do que para fazer atividades.

Amanhã voamos de volta para Sydney e Dubai, ficando mais dois dias nos Emirados Árabes.

Abraços a todos!
Beto e Mari

Jan 21, 2014

A Vida na Austrália e Nova Zelândia - Um Resumo Filosófico

Uma das grandes motivações dessa viagem foi ter a feliz oportunidade de fazer um paralelo com exatos 10 anos atrás, quando chegava em Sydney no final de janeiro de 2004, para morar em Melbourne por 6 meses. Eu então tinha 15 anos apenas e estava ávido (e ao mesmo tempo aterrorizado de medo) por conhecer sozinho o mundo. Lembro que a felicidade foi tão grande, tão grande que eu queria que todos meus amigos e família pudessem experimentar o que eu estava sentindo. E ter vindo naquela ocasião para cá me fez ver pela primeira vez como existem incontáveis (eu diria até infinitos) modos de se viver a vida. Se um dia você ficou triste porque não conseguiu aquele emprego dos sonhos, saiba que do outro lado do mundo, tem uma pessoa que ganha a vida (e provavelmente não muito mal) sendo piloto de jet boat ou rafting em Queenstown, uma das cidades mais bonitas do planeta, e cuja tarefa mais importante talvez seja sorrir todos os dias para seus passageiros. Se você acha que fracassou em socializar em uma festa importante com seu chefe, saiba que em Byron Bay deve estar rolando uma festa em que ninguém está se importando com nada, mas apenas em ser feliz e dançar ao som fritado e eletrizante de jazz. Se você está pensando demais em não ter feito nenhum ato de solidariedade nos últimos meses, saiba que existe um país em que as pessoas deixam expostas frutas na rua sem ninguém por perto e confiam que você vai pegar um saco de cereja e depositar 10 dólares no que eles chamam de "honesty box"(sem roubar nem as cerejas nem o dinheiro que está lá). 

Enfim, lá em 2004, eu achava que Australia era o melhor lugar para se morar. Como nunca tinha visitado intensamente nenhum outro país, minha única comparação era o Brasil. De lá para cá tive o prazer de conhecer alguns outros lugares, mas nunca essa ideia (sobre o quanto vivemos mal no Brasil) havia voltado para mim. Será que eu fiquei assim em 2004 pela euforia de uma primeira viagem internacional? 

E isso me motivava muito para essa viagem, agora em 2014. Será que vivemos bem no Brasil? (parece meio óbvia essa resposta, mas o Brasil possui muitos pontos positivos sim). Será que nosso estilo de vida, unicamente orientado para a competição profissional é o jeito certo?  

E infelizmente cada vez me convenço mais de que a resposta é negativa para as duas indagações que eu tinha (e tenho ainda). 
Lógico que existem pessoas que vivem bem no Brasil. Lógico que esse estilo de vida orientado para o trabalho é excelente para quem é viciado em trabalho e acha aí sua felicidade. E é claro que eu quero ser um vencedor na vida e vou trabalhar para isso. Mas e quem tem na vida outras prioridades que não o trabalho? Um ambiente extremamente competitivo (em que pessoas com CV com várias pós graduações se tornou lugar comum) como o do Brasil é no final das contas saudável? E se tudo der errado, qual as alternativas para um jovem no Brasil?

E a resposta é mágica (e por ser tão simples parece que é mentira): existem lugares que a vida não é aquela como a que estamos acostumados. Existem lugares em que é muito respeitável o estilo de vida da pessoa que trabalha em uma sorveteria e vai embora as 5 da tarde para fazer outras coisas da vida. Existem pessoas que não perdem 2 horas no trânsito todos os dias só para fazer o trajeto casa-trabalho. Existe um lugar em que se você falhar, sua vida não vai por água abaixo.

E existem lugares no mundo que, se nada do seus planos der certo, você provavelmente vai viver bastante bem trabalhando em uma sorveteria para o resto da vida. Vai conseguir ter seu carro, sua casa e fazer uma viagem grande por ano. E ainda poder educar bem seus filhos, poder andar tranquilo na rua, não ser assaltado quase nunca (ou nunca), poder levar seu cachorro para passear em parques que não ficam insuportavelmente lotados. E nem ter ideia, noção, ou um lapso de imaginação do que é pegar trânsito todos os dias (e perder duas horas por dia então!). 

E assim é por aqui. Não há muito o que falar, mas sorte daqueles que se mudaram para cá.
Abraços!

PS: Falando em maneiras diferentes de se ganhar a vida, você já deve ter ouvido falar do Matt. Hoje ele é patrocinado pela Visa e tem passagens gratuitas para todos os lugares do mundo. Seguem vídeos dele.






Nova Zelândia - Kaikoura e Christchurch

Aqui acabamos a nossa jornada na NZ. Foram cerca de 3600km e estamos de volta a Christchurch, em uma viagem que fez a volta 360 graus na ilha sul desse país tão fantástico. É difícil sintetizar o que foram essas últimas 2 semanas (ou esse último mês se contarmos a Austrália), mas foi fantástico. Uma pena que seja tão longe do Brasil. Acho que vou ainda fazer um resumo de tudo o que foi a NZ em um outro post.

Vou então contar o dia de hoje. Acordamos tarde como era o plano (descansar um pouco faz bem também), e percebemos que o dia estava péssimo - chuva e previsão ruim. Mas tínhamos reservado na noite anterior o passeio de Whale Watching, que é um barco que vai até as baleias em Kaikoura. Ligamos lá assim que acordamos e descobrimos que eles estavam cancelando todos os passeios da manhã. Como o nosso era 1h da tarde (e como também não tinha muito o que fazer na simpática Blenheim), partimos as 10h para Kaikoura, em uma viagem que seria de umas 2h. Tranquilo. Pegamos umas tintams antigas como café da manhã e partirmos para lá.


Mais algumas das 93827 focas que já vimos na NZ

Chegando em Kaikoura fomos logo procurar saber se rolaria o tour pra ver as baleias, o senhorzinho da empresa nos disse pra voltarmos à 1h para que eles pudessem nos dar uma resposta. Enquanto isso fomos explorar a cidade, que parecia ser muito agradável, embora o tempo não estivesse colaborando. Passamos no iSite e pegamos algumas informações turísticas, demos uma volta no centro da cidade e paramos para comer um steak com fritas no Encounter, um restaurante/café/lojinha/empresa de turismo. Aproveitamos para perguntar sobre a possibilidade de nadarmos com golfinhos, mas esse passeio já estava lotado até não sei quando e custava caro.

Voltamos para o local do nosso Whale Watching e tivemos a feliz notícia de que o tour estava de pé. Assistimos um videozinho de segurança e fomos para o barco. O impressionante foi que o tempo todo eles praticamente perguntavam: "você quer ir mesmo? o mar hoje estava bravo". Mais bravo do que nós, exploradores brasileiros, não haveria mar algum. Sem dúvida iríamos.

A sorte é que o barco era moderno. Nunca vi ondas tão fortes na minha vida. E viagens são boas para batermos nossos recordes pessoal. Até uns dias atrás nunca tínhamos visto tantas cachoeiras como vimos em Milford Sound. E até o passeio de hoje, eu nunca tinha visto tantas pessoas gorfando ao mesmo tempo - foram pelo menos umas 6 pessoas (mais ou menos 30% da galera). A trilha sonora você já deve imaginar, amplificada pelo número de "chamadas de hugo" simultâneas.

Pois é, o mar não estava para peixe não. Mas felizmente estava para baleias. Chegamos bem perto de uma e foi muito emocionante. O bicho é muito grande. E depois voltamos.


Primeiro Mergulho da Baleia
Acabei me sentindo um pouco desconfortável, mas longe de também gorfar - dessa sinfonia de sons não queria participar não. A mari sentiu um pouco mal, mas usou os truques de apertar o lóbulo da orelha e deu tudo certo. Acho que se formos contar os prós e contras, o passeio acabou valendo sim.

Fotos da Baleia Mergulhando (2)

E como o tempo continuava ruim, decidimos ir para Christchurch mesmo, e ficarmos um pouco mais por lá.

Agora o resto da viagem é pouco: Amanhã temos o dia livre em Christchurch (o último aqui na NZ), e depois temos mais 2 dias em Dubai e depois voltamos para o Brasil (blé). Hoje voltamos a ficar em Christchurch com nossos anfitriões preferidos, a Sharron e o Laurence. Ficamos conversando com um casal de Alemães que estavam fazendo uma volta ao mundo.

De novo em Christchurch

E até mais, vamos tentar aproveitar tudo o que podemos, pois o que é bom está durando pouco!
Abraços! Kia Ora!


Jan 20, 2014

Nova Zelândia - Wanaka e Tekapo

Olá amigos

Hoje talvez tenha sido o dia mais produtivo de toda a viagem. Tanto em termos de fotos tiradas (foram absurdamente muitas!) como em termos de distância percorrida. Como foi nosso primeiro dia de sol na NZ, aproveitamos para fazer tudo o que tínhamos direito (e mais um pouco). 
Acordamos bem cedinho em nosso hotel em Dunedin, com uma chuva chata que ainda insistia em cair. Pegamos umas bebidas quentes no Starbucks, e 8h00 já estávamos na estrada. 
Apesar do descontentamento com mais chuva, tínhamos fé em um tempo melhor. E dito e feito. Quando era mais ou menos 9h30, o céu já ficava azul! E dá-lhe fotos! O objetivo na manhã era irmos para Wanaka, que tinha a melhor previsão.

Caminho para Wanaka
Pensando na Vida
No caminho passávamos por vários lagos, rios e montanhas que faziam o cenário perfeito para o senhor dos anéis (e foi mais ou menos por alí que várias cenas foram filmadas). Chegamos em Wanaka na hora do almoço. A cidade é extremamente bonita e charmosa com um lago como pano de fundo. Compramos um plano de internet da vodafone e embarcamos em um passeio de caiaque pelo lago de mesmo nome. Apesar de um pouco de vento, foi bastante tranquilo e fizemos o passeio milagrosamente sem nenhuma água ter entrado no barco. Mas foi quando fomos ‘estacionar' o barco (e tirar uma foto de uns patinhos nadando) que uma onda pegou em cheio e nos deixou encharcados. 


Um dos vários lagos da estrada


Cromwell - Chegando em Wanaka
Lake Wanaka

Lake Wanaka 2

Mari Profissa no Caiaque

Mas como nosso carro é nossa casa, já trocamos de roupa e estava maravilha de novo. Batemos um subway pilantra pra repor as energias, e partiríamos rumo a Lake Tekapo (que no dia anterior não conseguimos ver nada por causa da chuva).  Mas antes, fizemos um trecho de trekking no Mt Iron, que é uma pedra gigante em que se tem uma vista 360 de toda a região de Wanaka. Nossa! Subidas demais e quase desistimos no meio do caminho. Mas valeu muito a pena! A vista era SENSACIONAL. Uma pena que as fotos não conseguem captar toda a beleza que era aquele lugar. 


Subida Mt Iron

No Topo

No Topo 2

...




Descendo Novamente



E bora para Tekapo, pois já passava das 16h e tínhamos bastante estrada pela frente. 

Quando a gente foi entrando na região dos lagos Pukiaki e Tekapo, já vimos umas plaquinhas falando sobre a ‘sky reserve’ daquela região. Eles clamam que aquele é um dos melhores lugares do hemisfério sul para se observar estrelas. E há um passeio super famoso por aqui que faz observação de estrelas a olho nu. O pequeno problema: começa meia noite e meia e acaba as duas da manhã. Ia ser uma quebra no nosso sono (que estava tão escasso até então). 

Estrada para Tekapo
Mas esse não foi o primeiro problema. Tínhamos que achar primeiro um lugar para dormir. E tudo estava lotado. Tudo. Que tristeza. Mas sempre há uma luz no fim do túnel: havia um cinco estrelas  com vagas (peppers hotel). Cara que chato, tivemos que ficar, vai. E ainda ganharíamos um upgrade de quarto, com vista para o lago. 

Até agora o melhor quarto disparado de hotel.

Mas sem muito tempo para curtir: bora para o lago tirar fotos e depois temos que jantar porque depois já é o passeio das estrelas! 
E o lago estava fenomenal no por-do-sol. Com uma pequena igreja de fundo, o cenário era o melhor para fotos. Fiquei pensando que aqueles fotógrafos de casamentos/books ficariam deleitados com tanta coisa bonita de background. 
Depois das fotos do lago, jantamos uma pizza rápida e fomos logo depois encontrar o pessoal do tur de estrelas. 


Igrejinha Tekapo


Sol ainda batendo nas montanhas



Fim de tarde em Tekapo



Nunca sentimos tanto frio assim! O vento estava impossível - tanto que tivemos que ir para outro local de observação (e não o inicial). Outro problema: a lua estava quase completamente cheia, o que não deu para ver o céu na plenitude. Mas o passeio foi muito legal mesmo assim: conseguimos ver nebulosas e Jupiter e 4 luas nos telescópios ‘fudidões' deles lá. 

Mari com 2304982 roupas para enfrentar o frio. Inclusive essa última do programa antártico dos EUA (!!)

E o dia terminou assim. fomos dormir quase 3 da manhã mas (novamente) felizes.

Nova Zelândia - Abel Tasman National Park

Olá amiguinhos!

Hoje tiramos o dia para fazer o famoso trekking no Abel Tasman National Park. Segundo nosso livrinho do Lonely Planet (que mesmo sendo só da ilha sul da NZ achamos bem mais ou menos...) é um dos destinos principais aqui da Aoteaora. Como ontem havíamos feito o rafting, dormimos em Motueka (como já disse, não é moto em espanhol) para sairmos cedo e pegarmos o primeiro transporte para o parque. Ontem, no motel que tinha tudo para ser o nosso melhor, dois fatos muito chatos aconteceram. O primeiro é que presenciamos um ataque por hipoglicemia de um menino que passava na frente do nosso motel. Ele parecia estar bêbado (e foi exatamente isso que a dona do motel pensou), mas por sorte estava acompanhado de uma amiga que sabia o que estava acontecendo e deu pra ele um bocado dos nossos tim tams.



Tim tam, pra quem não sabe é a melhor bolacha aqui da Australia. Aliás, estou sorteando aqui no blog vários pacotes para quem compartilhar nosso blog no facebook e instagram com a hashtag #queroviajarcombetoemarinaaustralia. É só compartilhar que você já está participando do sorteio!
"Jura? Quero Participar!"
Não fala besteira, é lógico que não!

Ah, estava falando dos fatos ruins. O segundo fato é que no meio da noite surgiu no banheiro uma lesma-monstra-gigante do ralo. A mari é que não ficou muito contente, e eu acabei matando ela (a lesma, claro). O que me deu um pouco de peso na consciência, pois segundo o dicionário roots-natureba-escoteiro, a única coisa que podemos matar é a nossa sede. De sangue de lesma. Brincadeira

Chega de prolixixixidade.

Bark Bay

Saimos cedo, pegamos um barquinho e fomos deixados no meio do parque. A ideia é irmos de barco e voltarmos andando. A trilha que pegaríamos é parte de uma das 'grandes trilhas' da NZ, que chama Coast Track, e que dura 2 a 3 dias. Mas a parte nossa foi apenas 4 horas. Antes de chegar o barquinho passou por uma (outra!) colônia de focas.





A trilha foi bacana, com bastante vista, mas na maior parte de dentro da mata. E finalmente encontramos o 'fern' prateado, que é a plantinha símbolo da NZ e do all blacks, melhor time de rugbi do mundo (como abaixo).


Fern Neozelandês

Logicamente, amigos, que morremos. De trekkers, só pagamos mesmo. O fôlego estava foda. Já na primeira hora tive uma baita dor nas costas e tive que ir revezando a mochila com a Mari. Já na segunda hora acabei com o estoque de tim tams que havia levado.





Mas foi tudo bem, fora a humilhação de vários velhinhos estarem em melhor forma do que a gente (e velhinhos de 80 anos!).
Talvez o mais sensacional de tudo (mais até do que as vistas e praias) tenha sido a trilha sonora - ao som de inúmeros "bell birds" (wiki).







Fizemos o trecho Bark Bay - Anchors. Voltamos mais ou menos umas 3 da tarde e já corremos para pegar nosso carro em direção a Nelson.

Anchorage


Iríamos fazer ainda hoje Nelson, Picton, Blenheim e dormir em Kaikora. Mas o cansaço (e a minha dor nas costas) foi tão grande que acabamos pulando Picton e estamos agora em Blenheim. O Lugano motel (que estamos agora) é ótimo, em frente a uma simpática pracinha cheia de flores. A cidade é uma delícia para terminar o dia.

Nelson

Blenheim

Pegamos uma pizza por 4,99 no Dominos e aqui estamos, prontos para viajar para o mundo encantado do sono.
A sim, e hoje de novo teve um forte terremoto aqui perto.

Abraços
Kia Ora

Jan 19, 2014

Nova Zelândia - Murchison e Rafting


Kia Ora!

Se analisarmos nossa viagem através dos quilômetros rodados, com certeza os primeiros dias foram imensamente mais produtivos que os últimos. Na verdade o que aconteceu é que não sabíamos ao certo se seria bastante factível a volta pela ilha sul em 13 dias, e começamos com um passo mais apertado. Depois que percebemos que seria suficiente, maneiramos no ritmo.

E hoje foi um dos dias de mais "temperança". Rodamos pouco - fomos de Westport até Motueka (de onde vos escrevo) em pouco mais do que 220km. Beeem tranquilo para os 600 que estávamos fazendo nos primeiros dias. Antes de falar da jornada de hoje, explico a razão de estarmos aqui em Motueka (não, não é motoca em espanhol...). Motueka é a última grande cidade (relativizem, pois ter 7100 habitantes na ilha sul realmente é ser uma grande cidade) antes do parque Abel Tasman. O plano é fazermos o parque amanhã e partirmos para Nelson - Kaikora. A razão de termos andado pouca quilometragem é que paramos em Murchison para fazermos um passeio de rafting. O passeio levou em torno de 4h30, o que atrasou todo o andamento da viagem. Mas tudo bem, tínhamos um dia de estepe (não de pradarias).

O rafting é feito por uma empresa meio que familiar, o que muitas vezes durante o percurso não inspirou muita confiança. Mas o que mais valeu é que o cenário do Buller River é Hobbitiano ou LOTRinico (os nerds entenderão). Sem brincadeira, o rio é azul turquesa (confesso que recorri ao google para saber o que é azul turquesa) com pedras altas como moldura, o que lembra a cena inicial do Hobbit. Veja a comparação abaixo.

Cena do Hobbit

Cena do nosso rafting
Eu até fiquei em dúvidas se alí tinha sido o cenário do filme, mas logo descobri que foi na ilha norte...
O passeio foi extraordinário, com uma boa dose de interação com a natureza (o que muitas vezes não dá para captar do carro).

Mas o engraçado que a razão de termos feito o rafting hoje foi a nossa preguiça: isso porque acordamos tarde para fazermos os passeios no Abel Tasman, e acabamos ficando meio sem onde ir. Paramos no balcão de informações de Murchison (uma cidade que não tem absolutamente nada pra fazer, com exceção de rafting), tomamos coragem e marcamos o rafting para as 13h30.

Preparação

E  valeu muito a pena! Não só fizemos rafting como também descemos as corredeiras nadando e pulamos de uns precipícios muito altos. Mas também engolimos muita água e passamos um pouco de medo quando não conseguíamos respirar nadando na corredeira. Acho que não tem muito o que falar a não ser colocar algumas fotos.

Pose pra foto


Pena que o Wet n Wild é bem melhor. 

Quase fomos!
Fim do passeio


Depois do dia canseira, cumprimos mais alguns kms e viemos para Motueka. Estamos em um motelzinho muito ajeitado chamado Avalon. Amanhã devemos sair pouco antes das 8. O dia promete!

Kia ora!

Jan 18, 2014

Nova Zelândia - Fox e Franz Josef Glaciers

Olá, olá

Comparado a antes de ontem (16/jan), ontem e hoje foram dias bem mais tranquilos. Fizemos as contas, e percebemos que estamos com bastante tempo para fazermos os próximos trechos com mais tranquilidade. E por azar acabamos não fazendo Glenorchy nem nosso voo livre de Asa Delta e Parapente. Enfim, não se pode querer tudo também, certo?
Em nossa última noite em Queenstown, fomos psicologicamente tentados pelo carinha da lojinha de passeios a fazer o helicóptero e caminhada na geleira. Entretanto, 350 dólares estava um pouco salgado demais.
Acordamos não muito cedo ontem (lá prumas 8h30), e saimos sem pressa de nosso ótimo hotel de Queenstown - que tinha a melhor cama e 2938 travesseiros diferentes. Nosso destino era um pouco longe: Franz Josef e Fox Glacier, duas geleiras que são bem próximas uma da outra. A viagem foi mais ou menos de 6 horas, pois voltaríamos para Wanaka subindo e descendo as montanhas de Queenstown. Além disso, passaríamos por Haast Pass, outro trecho de muuita montanha. E, claro, estávamos sem pressa (como é bom isso!).



Mas fomos tranquilos. Vistas espetaculares, como sempre, mas agora a paisagem estava mudando. Após Wanaka, e passarmos por uma estrada entre os lagos Hawea e Wanaka, começamos ver paisagens de floresta tropical - arvores verdes, bem como estamos acostumados aqui.







Nossa primeira parada foi em Wanaka (de novo!) e aproveitamos para ver a preparação de uma competição de triatlo que estava movimentando a cidade. Nossa segunda parada, já para o almoço, foi em Haast. O restaurante, no meio do nada, era bastante exótico: exibia troféus de caçadas anteriores (provavelmente do dono do lugar). havia mais ou menos umas 5 cabeças empalhadas e uns 30 chifres de antílopes. Repusemos lá nossas reservas de proteínas e pé na estrada de novo.

Chegamos em Fox Glacier mais ou menos por volta das 16h00, e fomos fazer o passeio a pé até a base da geleira (de grátis é mais gostoso), em uma trilha de mais ou menos 1 hora. O vale é imenso, e a paisagem de tirar o fôlego (desculpe o chavão).



Fomos para Franz Josef para achar um lugar para ficar. Jantamos no restaurante mais movimentado da vila uma salada com carneiro que estava ótima. Ficamos em um motelzinho muito ajeitado (58 on Cron), pegamos um DVD emprestado e terminamos o dia assistindo "When a man loves a woman". Bom para dar uma aquecida na alma em um país gelado!

Caminho para Franz Josef

Hoje  partimos tarde de novo (saimos umas 9h00), agora para fazer o passeio até a base da geleira Franz Josef. Novamente o cenário é muito bonito - as duas são espetaculares e não dá para escolher qual é melhor do que o outro. Na saída da geleira, demos carona para um israelita mochileiro até a cidade. Feito isso, pegamos o carro e zarpamos para fazer a costa oeste inteira. Iríamos de Franz Josef até Westport.

Franz Josef Glacier

Almoçamos em Hokitika, uma cidadezinha que clama ter um excelente por-do-sol. A cidade é extremamente simpática e o café em que almoçamos também é fabuloso. Como o almoço foi bem servido, paramos na próxima cidade - greymouth - para dormir uma horinha no carro. Coloquei o pijama, paramos em uma sombra e dormimos por um bom (e muito bem aproveitado) tempo.

Pancake Rocks

Entre Greymouth, que é a maior cidade da costa oeste, e Westport estão as Pancake Rocks, que é um ponto turístico pelo visto bastante importante. O lugar estava bem cheio de turistas e paramos para algumas fotos. Chegamos em Westport perto das 19h00. Fomos ver uma colônia de focas e depois jantamos em um restaurante bacana (considerando que essa cidade tem 5k habitantes).

Pancake Rocks



Foi isso
Abraços!